Quem experimenta, diz que não quer outra coisa! Usufrua do melhor dos destinos brancos sem correr riscos, com a ajuda de Jorge Atouguia, especialista em medicina do viajante.
As férias na neve são uma óptima forma de aliviar o stresse. Para nós, portugueses, que associamos habitualmente as férias a sol e a mar, a neve representa uma mudança radical, mas excelente, porque quebra as rotinas. A prova disso está no número crescente de lusos que têm vindo a experimentar. Contudo, existem alguns riscos, inerentes ao local, intrínsecos do viajante e associados às atividades que vai desenvolver. Estes são alguns dos fatores a ter em conta:
– Altitude
A neve exige altitude, que é sinónimo de menos oxigénio, baixa pressão atmosférica e menor temperatura do ar. Estes três factores condicionam o funcionamento de vários órgãos e sistemas humanos. Os aparelhos respiratório e cardiovascular são os mais afetados, uma vez que a baixa de oxigénio aumenta a frequência respiratória e cardíaca. E, ainda mais, se em esforço…
O frio aumenta a resistência vascular periférica, exigindo mais trabalho ao coração, a pressão atmosférica mais baixa favorece uma expansão dos gases no interior do nosso organismo, que se reflete, sobretudo, no aparelho gastro-intestinal, com alterações do trânsito, flatulência, dores e distensão abdominais.
– Exercício físico
Em altitude, podem existir problemas respiratórios e/ou cardiovasculares, mas o maior risco dos desportos na neve é o traumatismo (por quedas, rotações, posicionamentos imperfeitos ou incorrectos). O órgão de choque, sobretudo no esqui, é o joelho, porque é nele que se concentram as principais forças de controlo do corpo.
O exercício na neve exige boa preparação física. Por isso, antes de ir e/ou de se fazer às pistas, avalie os riscos da atividade e as suas capacidades e condições físicas para a praticar. Se necessário, cumpra um programa de preparação física antes da viagem.